Vocês pediram cena deletada?
Bom dia, leitoras!
Fevereiro começou depois de um longo janeiro. As férias sempre me deixam exausta porque minha mente não desliga do trabalho. Isso é ruim? Muito. Precisamos de momentos de paz interior e foco em outras coisas ou o stress acaba conosco. Por isso, tentei fazer bastantes coisas diferentes com a família.
Passei o natal em Petrópolis, passei pelo meu estado e fui ao Rio de Janeiro assistir a uma partida de futebol do meu time do coração. Vocês tiraram férias e janeiro? Como foi o mês para vocês?
Pois agora estou com força (e foco) total nos livros, já trabalhando no volume quatro da série Os Quatro Ases de Londres. Como segunda é dia de newsletter, trago de presente para vocês uma cena deletada do livro O Duque de Ouros.
Na primeira versão de O Duque de Ouros, Sally não levou um tiro e foi resgatada por Hugh. Ela chegava incólume a Londres e se oferecia para trabalhar na casa Lanford já sabendo quem era o duque, na intenção de prejudicá-lo.
Essa é uma das cenas que eu apaguei quando mudei a forma como eles se conheceram. Adoro a energia dos dois.
Todos os nervos de Sally estremeceram pela simples menção daquele nome. Ela travou o maxilar e girou nos calcanhares com toda elegância possível, na expectativa de encontrar o canalha decrépito que arruinou sua família.
Ela apenas não esperava que ele fosse tão…
Alto. Ele era alto e ocupou imediatamente muito espaço ao entrar na cozinha. Ombros largos quase não passaram na porta e os criados se encolheram diante da chegada do duque. Sally duvidou que fosse medo — eles apenas sabiam que não caberiam todos no mesmo espaço.
Forte. O homem tinha mãos enormes e o paletó não continha seus braços. Ela não precisava olhar muito para imaginar que aquele duque tinha os músculos de um trabalhador braçal. O que era bastante confuso, já que duques eram preguiçosos e fugiam do trabalho como o diabo da cruz.
Negro. Jesus, Maria e José — ele era negro!
Sally sabia que era um pouco tola. O tempo que passou vivendo no convento tornou-a uma erudita, que sabia muito sobre astronomia, física, química, matemática e geografia — mas a deixou ignorante sobre a vida em geral. Ela ouvira dizer que havia outros negros na Grã Bretanha, mas nunca vira nenhum.
Claro, ela pouco saía de casa. Conhecia a vila e nada além. Não havia pessoas como sua mãe e ela ao seu redor. Ainda assim… aquele homem era um maldito duque! Não blasfeme, Sally Sutherland. Você já tem pecados demais para expiar.
Quer ler o resto?
Beijo grande para vocês e até a próxima!