Bom dia, leitoras.
Depois de janeiro ser o mês mais longo do ano e fevereiro ter 29 dias, chegamos em março com 50% de O Duque de Espadas encaminhados. O livro marcará o encerramento da série Os Quatro Ases de Londres e contará a história de Lucian Asher, o Duque de Lochbride.
Se vocês acham que sabem algo sobre ele, reconsiderem. Lucian é sistemático, mantém sua privacidade intacta e é bem possivelmente o Ás com menos traumas do passado para lidar.
Mas ele tem uma ferida aberta no peito e é sobre isso que falaremos em O Duque de Espadas!
Como as leitoras estão muito curiosas por causa da série de postagens que tenho feito no instagram, decidi trazer um pequeno spoiler do livro para vocês. Um pouquinho, bem pouco, do que teremos em breve no Tativerso.
Se é spoiler… contém spoiler! Estejam avisadas.
— Sua mãe sabe que está aqui? — ele perguntou, ansiando por um conhaque. Duas das garotas dos Quatro Ases entraram na sala, carregando bandejas com comida e chá, e interromperam a conversa. Era quase uma intervenção divina, porque sua garganta estava seca e arranhando. — Sirvam-se, vocês devem estar com fome.
Nenhuma das duas hesitou. Hannah foi a primeira a atacar os sanduíches e colocar dois pãezinhos na boca. Enquanto ela mastigava, Lucian pode observá-la em silêncio. Havia muito de Josephine nela, também. Os olhos azuis tinham nuances violeta, assim como sua irmã falecida. Os cabelos escuros e fartos eram característica da família. E as sobrancelhas…
Eram idênticas as dele.
Incluindo a forma como estavam arqueadas ao encará-lo.
— Deixei uma mensagem para ela. — Hannah respondeu, ainda com a boca cheia. A Srta. Armstrong repreendeu-a com um olhar. — Não sei se ela receberá.
— Sua mãe é casada com um americano. — Foi Hugh quem afirmou. — Por que acha que é filha de Luke? Quero dizer, do Duque de Lochbride?
Hannah enfiou a mão na bolsa que carregava e retirou um amontoado de envelopes amarrados por uma corda.
— Eu tenho as cartas que ela escreveu para ele.
— Para Luke? — Hugh duvidou.
— Sim. Descobri quando o Fisher morreu… elas estavam escondidas. Mamãe não sabe que as peguei.
A dor chegou a níveis insuportáveis. Lucian pegou a garrafa de conhaque e bebeu um longo gole, diretamente do gargalo. Ele só perdia a compostura quando o assunto desviava para Johanna. Doze anos — ou mais — se passaram e sua partida ainda o afetava como se fosse no maldito dia em que estivera em Dublin para confrontá-la.
Ele nunca foi um bom homem. Tornou-se pior ao perdê-la.
Hannah colocou as cartas sobre a mesinha redonda. Papéis curtidos pelo tempo. Palavras que Lucian não teria coragem de ler. Não entendia por que a maldita lhe escrevera em segredo durante todo aquele tempo. Ela o abandonou. Fugiu. Deixou-o depois de tantas mentiras e não teve nem mesmo coragem de olhá-lo nos olhos. Johanna era uma cobra ardilosa e ele custava a crer que tivesse escrito por remorso.
Pessoas como ela não sentiam culpa.
— Você confrontou sua mãe sobre a informação? — Hugh perguntou. Ele levou as mãos até as cartas e desistiu. Boa decisão. — Perguntou a ela por que mentiu sobre quem era seu pai?
— Mamãe nunca mentiu. — A menina balançou a cabeça. — Ela me dizia, às escondidas, que meu pai era o amor de sua vida.
Lucian bebeu mais um gole de conhaque. Um bem longo, daquela vez.
— Ela mentiu. Sua mãe nunca me amou.
Ela ergueu outra sobrancelha e dobrou o pescoço para o lado.
— Por céus, Luke, a menina é igualzinho a você! — Hugh deu uma gargalhada sonora. Cristo, por que não era Maximus na escala do clube naquela noite? Qualquer um dos Ases, incluindo suas esposas, era melhor opção do que o fanfarrão Moreland. — O que vai fazer? Mandar buscar a mãe dela?
Surto, surto, surtoooo!!!