Estive na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Lá, engajei o Movimento das Autoras sem Teto, vulgo sem estande, e vaguei pelos corredores com colegas escritoras e leitoras.
No after do domingo, quando estávamos exaustas depois de dois dias de muita intensidade, falávamos do mercado em geral. Na mesa estávamos autoras e leitoras de todos os tipos e a conversa foi bem interessante.
Por quê?
Porque foi mais uma oportunidade de conhecer a leitora que fica. Aquela que te lê, te adora, te segue e se torna parte da sua jornada. Ela não só lê os seus livros, ela interage, ela é amiga, ela viaja longas distâncias para te ver e pegar um marcador de brinde.
A leitora que fica te manda textão nas redes sociais e entra nos seus grupos de WhatsApp e Telegram. Ela te defende se vê alguém disseminando pirataria. Ela conhece seus personagens até melhor do que você e ela provavelmente adoraria dar pitacos em uma adaptação dos seus livros.
Tem sido por elas que vou às bienais. Não é pelos livros baratos (não tem!) nem pelas celebridades que estarão lá. Nem porque fui publicada e terei minha tarde de autógrafos. Vou às bienais para me encontrar com todas elas, poder abraçar, tirar uma foto e dizer: obrigada por ficarem.
Então, estou muito feliz que vocês ficaram.






Fiquei muito feliz pela oportunidade de te conhecer, Tatiana, e também as outras guerreiras/autoras do difícil mercado editorial nosso de todos os dias. Como assim, uma produção tão rica, com um público tão fiel e apaixonado, sem estande? Um absurdo! Independente e empoderada sim, mas merecedora também de reconhecimento. Enfim, torço para que vocês sejam publicadas em larga escala e sigo cada novo romance publicado virtualmente com o carinho e a gratidão de fã.
Muito obrigada!
É uma honra ser uma leitora sua, assim como fazer parte dos seus grupos. Ouvir de perto suas reflexões, me identificar com elas. Só sinto muito não conhece-la pessoalmente. Estarei na Bienaal no segundo final de semana e te enviarei um bj de lá.